sexta-feira, 23 de setembro de 2011


Língua enredada por soluços.
Os olhos foram afogados no lago salino. 
A agonia não deixou-me repousar esta noite.
Um martírio.
O desejo de perecer,
Fantasiando a morte.
E temendo um recomeço!

Do Érebo não há saída,
Já basta que você entenda;
Que a dor se sente!
Respira, vive, firma-se!
Enraíza, se colhe!
E nunca seca.
E nunca fenece.
E nunca se esquece.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Deserto brioso.
O ardor do sol aturado,
Queima como cada sentimento atormentador.

Solo dos meus sonhos!
Traga-me um breve sentido de minha existência!

Encontro-me no céu estriado gravado de nuvens no céu azul fulgente.
O sol luzente, olho de Deus.
Uma esfera gigante cravada como uma adaga,
Ilustrando o céu límpido e misterioso que o moldura.
Deixando meu corpo sedento de fulgor.
Tento olhar fixamente,
Mas meus olhos impulsionam a fechar-se.

Morte!
Aquela que ronda minha alma.
E não sentirei mais medo da morte do que sinto da vida!
Mojave.
Meu deserto perigoso!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011



Neste negrume árduo,
Eu não me encontro.
Não me reconheço porque nunca fui apresentada a mim.
No vazio cruciante que me engoliu como um tornado voraz.
Desafeiçoei-me de tudo,
Do “tudo” miserável que me resta!

Não mergulhe,
Nada é mais vasto que a escuridão!

Saiba que sou volúvel,
Uma noite gibosa, outras completamente dilatada de brilho.
É como trocar de vestimenta.
É penoso!

A minha infelicidade é mascarada!