Embalsamado pelo azul sereno,
Sopra-me aos ouvidos o consolo,
E sopra-me tamanho abatimento!
Guia-me como a sombra,
Com proeza e cautela.
E do silêncio tanto revelador,Faz-me completa.
Nada me toca a não ser suas breves palavras,
E nada me atinge sem ele atingir,
Nada enxergo sem ele enxergar,
E em nada me entrego antes de me entregar a ele!
Ele se almeja de amor,
E foi o fulgor de cada manhã em que presenciei,
E foi o céu rajado das tardes frias,
E foi o sopro de todas as noites nunca esquecidas!
Foi o sal de cada gota alastrada!
Alicerce de fantasias,
Da melancolia vem a beleza da vida!