terça-feira, 26 de abril de 2011


Asfixiada pela câmara ardente.
Insisto em dizer: Falta-me alento!
A insônia insiste em me escoltar.
Pouco insigne,
Em uma vastidão ausente de luzes cintilantes.
Envolvendo-me em um relance promissor.
E a tortura calada da noite é revelada sobre o lençol negro e plano.
Câmara obscura da tortura.


Mantenha-me arejada nas profundezas do terraço imaginário,
Turvo inadaptável.
A mente ambígua,
Sedenta a ser explorada!
Realiza-se de fato deixando se aventurar pelo vão da noite de luar embaçado e pálido.
A insônia é um tanto terapêutica.
Até enxergo o infinito e dele enxergo-me.



domingo, 24 de abril de 2011


Dentro da carne sucumbida.
Interiormente vário.
Não importa o quão ausente esteja,
Surge e ressurge,
Num ciclo contínuo tal vicioso e cômodo.
Nasce e firma-se no solo escarpado e esculpido de tremor!
São pequenas orquídeas intoxicadas em meu vergel insólito,
Não fujo, mas também não me encontro em completo repouso!
As orquídeas nunca murcham,
Crescem e furtam-me!
O sublime se apaga de tal maneira que me faz esquecer de quem sou,
Meu solo é fértil e voraz,
Um desvão opaco,
Impulso a explorar o desconhecido!
São somente gotas e gotas azedas como suor quente que me descamam por dentro!
Corrói-me,
Desgasta-me,
E enjoa-me,
Tanto quanto a cafeína.
Além de me causar sonolência e desconforto imediato.
Lanço-me sobre a escura transformação,
Há dias em que devasto e outros em que sou devastada!